Shakira encarna a “Diosa Madre” em performance contundente de seu show

Público se derrete com apresentação de Shakira em Whenever, Wherever. Cantora representou Bachué, divindade indígena de tribo colombiana

Shakira nunca foi de usar alter-egos. Ela sempre se destacou por sua simplicidade honesta no palco, por vezes caminhando com os pés descalços, acompanhada da gaita ou do violão, seu tradicional balanço de cadeiras e sua voz inconfundível. É Shakira e só.  A colombiana sempre se desvencilhou da imagem de diva, ainda que seus sucessivos hits, inevitavelmente, lhe imputem o título. Mas ontem (03), pela primeira vez, ela se permitiu a ousadia de mudar. Quando Shakira saiu do palco, ainda na metade de seu show ontem em Hamburgo, após a apresentação de Chantaje, quem voltou em seu lugar foi uma verdadeira divindade. A cantora era agora Bachué, a deusa mãe, criadora de toda a humanidade.

Com um traje negro e dourado, adereços esvoaçantes , ventre parcialmente exposto e máscara, a cantora estava pronta para dar vida à arena com seus passos hipnotizantes de dança do ventre. O público estava completamente rendido.

https://www.youtube.com/watch?v=KJ68h5s17xo

O conceito da apresentação é totalmente baseado na lenda indígena da criação do Universo, do povo Muiska. Os muiskas eram uma tribo indígena que habitava a região do Platalto Central da Colômbia, antes da chegada dos espanhóis. Reza a lenda, que antes de tudo havia apenas a escuridão e no meio dela havia algo grande. Era Chiminigagua, o deus supremo. Dentro dele havia luz.  Chiminigagua, em certo dia, resolveu abrir sua barriga  e feixes de luz começaram a sair. Ele, então, criou dois pássaros negros que saíram carregando sua luz e iluminando todo o universo. Em seguida, ele criou outros deuses: o sol, chamado de Sue, a lua, chamada de Chia, o arco-íris, a quem deu o nome de Cuchavira e a bela Bachué, deusa mãe, criadora de toda a humanidade.

Foto promocional da Turnê El Dorado, Shakira representando la Diosa Madre.

A missão de Bachué era povoar toda a terra. Segundo a lenda, ela apareceu em uma laguna carregando uma criança de cinco anos. Depois que a criança cresceu, eles contraíram matrimônio e tiveram inúmeros filhos, enchendo a região. Eles difundiram valores vitais e ensinaram os povos a construir, tecer, pescar, lutar, amassar o barro e trabalhar com os metais. Quando, por fim, sua missão estava concluída, ela voltou com o esposo para o lago. Para celebrar a sua criadora, os Muiskas tinham a tradição religiosa de levar oferendas em ouro à laguna. Essa e outras tradições semelhantes deram origem ao mito de El Dorado, a cidade perdida de ouro, que batiza o álbum da artista colombiana e sua atual turnê.

Estátua de Bachué no centro de Medellín, Colômbia.

Em Whenever, Wherever, Shakira percorre todo o palco levando os acordes de sua música a todos os cantos, e suas notas rítmicas dão vida à plateia, que a essa altura, está toda de pé, batendo palmas, dançando e cantando junto. A sessão de Belly Dance é o toque final, que traz ainda mais encanto a uma atuação sem “poréns”. Com sua missão cumprida, Bachué pode retornar de onde veio, do fundo do palco e devolver à Shakira o seu lugar no espetáculo.

 

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