Shakira encerrou na última quinta-feira (06) mais uma etapa da sua El Dorado World Tour. Ela cantou em San Jose nos EUA com casa cheia, fechando com chave de ouro sua passagem pela América do Norte. Foram 20 concertos na região, incluindo suas duas performances no Canadá, com sucesso de público e crítica. Na noite anterior, a colombiana tocou em San Diego, após oito anos desde sua última visita à cidade. Parte da imprensa local compareceu ao show do dia 5, no Valley View Casino Center. O jornal The San Diego Union Tribune publicou uma crítica sobre o espetáculo apresentado pela cantora e, seguindo outros veículos de renome no país, não poupou elogios à Shakira. Confira o texto de Lilia O’Hara, traduzido pela equipe do SBR.
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Shakira apresenta um concerto brilhante e polido em sua parada em San Diego durante a turnê El Dorado
Ela toca o teclado. Toca a guitarra elétrica em ritmo de rock pesado. Toca a bateria. Dança, sim, e como dança! Move as cadeiras e a câmera segue esses quadris e ratifica que não mentem. Corre para um lado do palco, sobe uma escada à direita, corre em sentido contrário e sobe outra escada à esquerda. Tudo com precisão e energia. Shakira está em cena.
A energia não para ao longo dos 90 minutos que durou o show da turnê El Dorado sobre um palco em forma de T, na quarta-feira (05) no Valley View Casino Center de San Diego. É sua sexta turnê internacional para promocionar seu 11° álbum de estúdio, El Dorado, de 2017.
Era difícil superar o último concerto que Shakira deu nesse palco em outubro de 2010, mas o que trouxe essa quarta-feira está a altura das circunstâncias.
Várias coisas mudaram em oito anos. Shakira agora vive na Europa e por muito anos diminuiu consideravelmente o ritmo de sua carreira para se dedicar a cuidar dos filhos, de cinco e três anos, que tem com seu companheiro, o jogador espanhol, Gerard Piqué.
Na quarta-feira, diante de cerca de 15 mil pessoas, Shakira ofereceu em 26 canções uma combinação de grandes êxitos como Si Te Vas, Inevitable, La Tortura e Antologia, com músicas e ritmos mais recentes como Perro Fiel, Me Enamoré, Amarillo e Chantaje.
O público, a maioria hispânicos de várias gerações, aplaudia a tudo que lhe entregava e não deixou de tirar fotos, vídeos e selfies com o telefone.
No elaborado espetáculo, que inclui luzes de laser, canhões de confete, e fogos pirotécnicos, se consegue um bom equilíbrio e complemento com as canções, em sua maioria, rítmicas e dançantes.
Aqueles que foram para ver Shakira mover as cadeiras não saíram decepcionados, pois a colombiana dança com seu característico estilo do Oriente Médio, ainda que agora lhe dê um toque mais internacional.
O show segue e só há quatro parênteses com vídeos ou um solo de violino que dão a cantora a oportunidade de trocar de roupa.
Shakira segue sendo a cantora multifacetada, cuja figura e talento para dançar permanecem impecáveis.
Se existe algum porém, é o de que há pouquinho menos de canto – deixa vários espaços para que o público coreie os grandes sucessos – mas a paixão permanece com um toque de maturidade que se nota em seus gestos e na forma como sabe controlar a atenção do seu público. Vale lembrar que a cantora teve que suspender a turnê, originalmente programada para fevereiro, porque teve problemas com suas pregas vocais.
Em um momento do show, a natural de Barranquilla, e agora residente de Barcelona, agradeceu ao público por seu apoio e disse ser um milagre estar realizando a turnê.
Sua voz segue aí e enche o recinto com trabalho: dança, instrumentos, bons músicos, e um espetáculo polido que mantém o espectador alerta e entretido.
Também se nota que o concerto está ensaiado e programado à perfeição e se desenvolve sem tropeços de nenhuma espécie.
Entre o público havia gente que veio de várias cidades, vizinhas e distantes. “Eu vim desde Minessota”, disse uma garota que estava sozinha no show.
A turnê El Dorado começou em 3 de junho na Europa, passou pela Turquia e pelo Líbano antes de chegar aos Estados Unidos e teve sua última parada em San Jose, no dia 6. Depois, a partir de 11 de outubro, vai para o México, segue por vários países da América do Sul para encerrar na Colômbia, em 3 de novembro.
Os ingressos para este concerto em San Diego saíram à venda há mais de um ano e depois foram adiados em mais sete meses, mas ao final da noite não havia dúvidas: a espera valeu a pena.
Para ler o texto original, em inglês, clique aqui.