Shakira no Velez: A loba celebrou seu retorno à Argentina sob a lua cheia

Um dos principais jornais argentinos aclama performance inebriante de Shakira em Buenos Aires. O La Nación não poupou elogios à atuação da cantora colombiana

Depois de encantar o Brasil com sua El Dorado World Tour, com passagens por São Paulo e Porto Alegre, Shakira partiu rumo à Argentina, onde se apresentou na noite de ontem (25). A cantora colombiana empolgou o público de mais de 40 mil pessoas, que lotou o emblemático estádio Jose Amalfitani, o Velez Sarsfield, em Buenos Aires. A imprensa argentina compareceu em peso ao espetáculo oferecido pela cantora na capital, o primeiro no país, após um hiato de sete anos. e Um dos mais importantes periódicos do país, o La Nación, publicou uma crítica favorável ao concerto de Shakira.

Confira o texto da jornalista Dolores Moreno, traduzido pela equipe do SBR:

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Shakira no Vélez: A loba celebrou seu retorno sob a lua cheia

Fogos de artifício, papel picado, balões amarelos, movimentos de cadeira, hits inoxidáveis que completam 20 anos, reggaetons pegajosos que encabeçam os charts mundiais. Shakira voltou à Argentina depois de “muito tempo” e trouxe um arsenal de efeitos para mostrar sua vigência. A colombiana não só teve a inteligência de encontrar partners (parceiros musicais) – desde seus primeiros passos com Alejandro Sanz em La Tortura até sua sociedade explosiva com Maluma – mas também segue sendo a dona de um estilo que parece único, onde seus passos de dança são tão ou mais importantes que sua voz. Diante de uma multidão, a “chica de Barranquilla” deu uma aula à suas sucessoras do pop: ela sozinha em frente a um estádio lotado. E apesar de que por alguns momentos sua voz não se escutou tão potente e o som não foi o mais destacado da noite, saiu consagrada.

Passadas às 21:30, Shakira apareceu no palco diante de uma multidão eufórica. Arranca com “Estoy Aquí”, como vem fazendo durante toda a turnê El Dorado. Enquanto isso, se vê nos telões circulares imagens dela em diferentes etapas de sua vida. Uma explosão de luzes ilumina o céu e uma mensagem concreta depois de seus problemas nas pregas vocais: está aqui, recuperada e celebrando seu primeiro show na Argentina depois de sete anos. “Não sabem o que significa estar aqui. Se estou aqui é por vocês, por estarem comigo nas horas boas e más.”, disse emocionada. Com uma chuva de confetes, fez uma fusão com outro dos seus temas das antigas, “Dónde Estás Corazón?”.

A colombiana, que tem os cabelos encaracolados e um look roqueiro – calça com transparências e uma camiseta com a estampa de um tigre -, faz a dança do ventre, se movimenta e enlouquece às 40 mil pessoas presentes no Estádio. A lua cheia e os uivos dão a entrada para “Loba” (She Wolf), em uma noite onde os hits antigos são tão celebrados como seu novo repertório.

Shakira caminha pela passarela e atrai toda a atenção: não só por sua voz característica, mas também por seus movimentos sensuais enquanto canta “sigilosa al pasar”. Segue com outro clássico dos anos 90, “Si Te Vas”, para dar lugar ao primeiro tema de “El Dorado”, “Nada”.

O céu se cobre de rosa e verde e começam a soar os acordes de uma dessas canções pegajosas com as que a ídola do pop latino, que acaba de ganhar outro Grammy pelo álbum que dá nome à turnê, soube se reinventar. Desta vez se trata de sua colaboração com Nicky Jam, “Perro Fiel”. Ao ritmo de “Tú me confundes, no sé que hacer”, Shakira se move confortável no palco, sacode, quebra a cintura, faz magia com seus peitos. Poucos podem resistir sentados em seus assentos. Essa festa volta a se formar com “Me Enamoré”, tema que escreveu para seu companheiro, Gérard Piqué, onde faz jogos com sua voz. Com essas canções, alegra seus seguidores mais jovens, mas tem outras para os millennials que cresceram com ela e seus gritos desesperados de desamor. Para eles, chega “Inevitable”, quando Shakira deixa o mote de dançarina, agarra a guitarra e recorda algo daquela menina que poderia ter sido uma cantora mais, no entanto, encontrou a fórmula para a dominação global. Ao pedido de “completem a frase”, dá lugar à “Chantaje”, produto de sua colaboração com Maluma, quem aparece cantando suas partes nos telões circulares nas laterais do palco – onde mais tarde vão aparecer Alejandro Sanz e Carlos Vives. Mais fogos de artifício.

E vem a primeira das cinco trocas de figurino: agora é uma odalisca e sob a lua cheia faz a dança do ventre, enquanto fala de suas origens e mostra como domina sua herança árabe em “Suerte”. Cai um efeito estilo pirotecnia no palco. Chega “Tú”, momento em que melhor se escuta a sua voz e volta a exibir a capacidade de dizer centenas de palavras por segundo, em uma versão que encanta, graças aos aportes da violinista. Segue “Amarillo”, canção de El Dorado onde os balões dessa cor emergem desde o público e os telões se tingem dos diferentes tons da paleta de cores. No final, Shakira vira seu violão e mostra que tem gravada a imagem de seu sócio artístico e amigo, Gustavo Cerati.

A festa segue e com ela os temas mais dançantes retornam: se destaca o dueto da colombiana com o acordeonista em “La Tortura” e também o momento intimista em que, acompanhada de seus cinco músicos, caminha os cinco metros da passarela para interpretar “Antología”, um tema que escreveu quando tinha 17 anos, e que é tão cantarolado como os hinos do Mundial que seguem na continuação – o do Brasil, “La La La”, e o da África do Sul, “Waka Waka”, onde se vê possuída e encabeça uma dança tribal hipnótica.

Depois de se transformar em Mulher Gato e sacudir com suas calças pretas, Shakira se põe mais dance com “Loca” e “Rabiosa”, ambos temas de Sale el Sol. Aí chega um aperitivo de “La Bicicleta”, mas não. Volta a mudar de roupa: desta vez volta vestida de dourado para interpretar “Toneladas”, o sexto tema do seu disco novo. Mas a festa não termina: restam mais hits rítmicos.

Primeiro, “Hips Don’t Lie” ( as cadeiras não mentem), essa canção que fez sua própria versão e que gostou tanto que foi escolhida para fechar a Copa do Mundo de 2006. Depois, “La Bicicleta”, o tema que fez com seu colega colombiano, “Carlos Vives”, em que Shakira não só se reencontrou com sua terra natal, mas que também deu voz a esses estilos caribenhos. “Acá en Barranquilla se baila así”, disse antes de terminar a uma hora e meia de celebração, com mais papel picado e fogos de artifício.

Você pode ler o texto original, em espanhol, clicando aqui.

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