Entenda as referências na performance de Shakira no Super Bowl

No último domingo (02), Shakira chegou àquele que é um dos momentos máximos da coroação de um artista nos Estados Unidos, com sua apresentação no SuperBowl. Neste post, nós analisamos sua apresentação, identificando todas as referências que a colombiana e a equipe responsável por sua performance fazem à sua carreira como um todo.

Shakira abre sua performance incorporando elementos da intro de ‘La La La (Brasil 2014)’, mas aqui os vocais de Carlinhos Brown são suprimidos. A coreografia reaproveita movimentos da performance feita durante o encerramento da Copa Davis, em novembro do ano passado.

Durante este segmento de sua performance, as dançarinas usam um macacão vermelho que cobre apenas uma das pernas, uma referência ao catsuit usado durante o videoclipe de ‘She Wolf’.

No próximo segmento, Shakira ressalta sua versatilidade como performer, mostrando sua habilidade de transmitir emoção com uma balada. Acima de tudo, porém, este segmento serve com referência às suas origens no pop/rock não apenas ao tocar guitarra, mas ao optar por inserir um trecho de ‘Inevitable’ no medley com ‘Empire’.

O próximo segmento repete elementos presentes em diversas turnês de Shakira. Se para mostrar suas habilidades com dança do ventre ela escolhe reprisar a dança da corda, presente na Oral Fixation Tour, ela opta por fazê-lo ao som de um medley que alia um trecho do arranjo instrumental criado para ‘Ojos Así’ na Sale el Sol Tour a elementos do remix  ‘Whenever, Wherever (Sahara Mix)’, que já havia sido incorporado, em maior ou menor escala, às performances de seu primeiro hit em inglês em todas as turnês de Shakira até hoje com exceção da turnê de 2010.

No segmento seguinte, Shakira faz uma escolha inusitada, trazendo para ‘Chantaje’ elementos da versão salsa da canção e logo em seguida ela se lança sobre o público, fazendo um “crowd diving” que remete à sua performance de ‘Objection (Tango)’ durante os Video Music Awards de 2002, seu primeiro grande evento depois do início de sua carreira internacional.

Finalmente, Shakira traz elementos também de sua cultura para sua performance, seja incorporando os já conhecidos elementos de cumbia a ‘Hips Don’t Lie’, com a tradicional zaghrouta (o gritinho agudo com a língua se movendo) que fez sucesso na internet ou incorporando a dança colombiana champeta a ‘Waka Waka’.

Finalmente, há ainda o tradicional salto sobre o palco que é sincronizado aos fogos de artifício, um elemento presente nas performances de Shakira desde o começo de sua turnê internacional, mas não pára por ai: de maneira geral, o coreógrafo do espetáculo, repete uma tendência geral de Shakira sempre que trabalha com um corpo de dançarinos de incorporar movimentos já utilizados pela colombiana em seus trabalhos – uma maneira não apenas de tornar o trabalho menos custoso para ela, já que Shakira não é uma dançarina formada, mas também de reter um pouco de sua identidade mesmo em um formato distinto. Este recurso aparece por todo o show: ‘She Wolf’ (que incorpora também movimentos do clipe), ‘Hips Don’t Lie’, ‘Whenever, Wherever’.

Ah, há ainda o figurino vermelho, referência de outro momento de sua carreira, mas falamos mais sobre ele aqui.

 

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