Crítica especializada aclama performance de Shakira em Londres

Críticos do The Guardian, The Telegraph, Financial Times, Standard e The Panoptic elogiam atuação irretocável da colombina 

Ontem (11), Londres foi tomada por uma invasão de tempero latino. Podia parecer uma noite comum de segunda-feira, mas na O2 Arena o clima era de fim de semana com a festa oferecida pela cantora colombiana Shakira. Após sete anos sem se apresentar em turnê no país, a cantora interrompeu o jejum com uma atuação digna da estrela pop internacional que é. Mesmo sem estrelismos, comum a esse universo, a artista apresentou um espetáculo imponente, regado a muita música em espanhol, clássicos em inglês que levaram sua carreira a patamares estratosféricos, dança, luzes e confetes. Ela conseguiu arrebatar o público presente na arena, aparentemente, sem muito esforço. Mas não foi só o público que se rendeu à atuação de Shakira. Jornalistas e críticos de música dos principais jornais e portais especializados do Reino Unido assistiram a performance da estrela latina e rasgaram elogios nas suas críticas publicadas ao longo do dia.

Veículos como o The Guardian, Financial Times, The Telegraph e os portais Panoptic e Standard destacaram a presença de palco de Shakira, seu destemor em apresentar um repertório com muitas canções em espanhol e sua honesta irreverência e ecletismo. ” Versátil nem começa a descrevê-la”, escreveu Brooklin Jones para o The Panoptic, em referência aos variados estilos musicais que a colombiana percorre de modo natural e coeso. Já o Standard, foi incisivo: “Durante todo o tempo, seus quadris giravam hipnoticamente, uma linguagem universal de bons momentos, independente da compreensão de suas letras”, destacando os movimentos de cadeira como marca registrada de Shakira. O Shakira Brasil destacou os principais pontos das resenhas publicadas por esses veículos de comunicação a cerca do espetáculo apresentado pela cantora, em Londres.

The Guardian – 4/5 estrelas ✪✪✪✪✩
Com o título “A loba ainda tem garras afiadas”, Caroline Sullivan ressalta a importância de Shakira em levar a música latina ao mainstream da música global e abrir portas para fenômenos mais recentes como J Balvin e Luis Fonsi. Antes de dar sua impressão sobre o show, ela destaca as qualidades artísticas de Shakira, uma estrela que não encontra pares na indústria musical.
“Não há escassez de mulheres alfa preenchendo os grandes locais do mundo neste verão. Assim como Shakira chega para seu primeiro encontro britânico desde 2010, Taylor Swift, Katy Perry e Beyoncé (tocando com Jay-Z),tocam no Reino Unido essa semana, e Britney Spears chega em agosto. Entre todas elas, no entanto, apenas uma fez um discurso no Fórum Econômico Mundial no ano passado, depois de receber um prêmio por seu trabalho na educação infantil. Essa não é a única coisa que distingue Shakira de seus pares – a cantora é uma figura formadora no mainstream da música latina, tendo aberto o caminho para a atual onipresença de Luis Fonsí e seu colega colombiano J Balvin, cujo sucesso, por sua vez, forneceu uma plataforma de lançamento para seu retorno”, escreveu.
Sobre o espetáculo, ela ressalta a boa escolha em priorizar temas em espanhol, principalmente pela audiência presente na arena que, segundo a jornalista, era formada sobretudo por pessoas vindas da comunidade colombiana do sul de Londres. “Aí está a questão que paira sobre a turnê El Dorado: ela pode enfatizar sua identidade latina, se envolvendo no reggaeton, e manter os falantes de inglês que vieram a bordo durante a era dos grandes sucessos pop como Hips Don’t Lie e She Wolf? Shakira certamente tem uma boa chance nisso aqui”. E finaliza dando detalhes sobre pontos estratégicos da performance, como o número de Whenever, Wherever”, as correntes de “She Wolf” e a interação com  o público em Chantaje. Em referência o título, ela conclui: “Ela ainda pode uivar por muito tempo”.
(Confira a resenha original na íntegra aqui)

Standard  4/5 estrelas ✪✪✪✪✩

David Smyth falou sobre o problema nas pregas vocais da cantora que a obrigou a adiar o show em Londres por quase 7 meses, para então elogiar a performance vocal de Shakira na última noite. Sobre o show em si, ele destaca o ecletismo da cantora e sua originalidade no mundo pop.

“Talvez ela não se encaixe perfeitamente à nossa ideia do que uma pop star deveria ser. Com sua juba loira balançando, protetores de dedos e roupas pretas estrategicamente rasgadas, ela parecia ter escapado de uma banda de heavy metal e tocava guitarra loucamente em Inevitable. Um verso da animada Loca resume: louca, mas você gosta.”

Smyth ainda pontua os números de She Wolf, La La La (Brazil 2014), Waka Waka, e menciona a performance intimista de Amarillo com um violão colorido com a foto de sua família gravada nele.

(Confira a resenha original na íntegra aqui)

The Telegraph – 3/5 estrelas ✪✪✪✩✩

Das cinco resenhas encontradas por nossa equipe, a do Telegraphé a única que aponta poréns na apresentação da colombiana. “Voz pálida, quadris maravilhosos” foi o título escolhido por Kate Solomon para apresentar seu texto. Ela ressalta os problemas vocais enfrentados pela cantora e alega que boa parte do show foi feita com base pré-gravada e a voz de Shakira, por vezes, enfraquecida. “A própria cantora parecia frustrada com isso às vezes – dava para perceber isso no sorriso estranho que não era pleno, um quase imperceptível frio na espinha”. Mas também não poupou elogios ao carisma, presença de palco e energia contagiantes de Shakira.

“Na maior parte do tempo, ela parecia emocionada por estar no palco e aproveitava todas as oportunidades para se lançar na platéia. Seus quadris com aparência de cobra carregavam muito da performance, a forma de onda hipnótica provavelmente inspirava uma arena cheia de pessoas para procurar no google “aulas de dança do ventre” no caminho para casa.”

(Confira a resenha original na íntegra aqui)

Financial Times – 3/5 estrelas ✪✪✪✩✩

Michael Hann destaca em sua crítica os atributos da personalidade artística de Shakira, que segundo ele, “parece ser mais atraente que sua música”. “Ela era uma maravilha, mais pela força do carisma que pelas canções brilhantes.”, escreveu em tom elogioso. Apesar de não economizar nos elogios, Hann pondera sobre o lirismo das canções da artista, que pode ser o motivo pelo qual ele tece críticas não muito positivas ao repertório. “Pop-house genérico é pop-house genérico, seja cantado em inglês, seja em espanhol”, escreveu sobre o medley de abertura “Estoy Aqui / Dónde Estas Corazon?”. No entanto, ele ressalta o quão agradável o show ficava quando Shakira se aproximava da música latina. “uma vez que os ritmos mudaram, em “Chantaje” ou “Perro Fiel”, entendia-se por que seus quadris continuavam girando”, acrescentou.

“Talvez apenas “Hips Don’T Lie” e “Whenever, Wherever” fossem os sucessos absolutamente indeléveis que você precisa para preencher arenas, mas com tanta personalidade, ela poderia se safar com praticamente qualquer coisa”.

(Confira a resenha original na íntegra aqui)

The Panoptic – (não há avaliação com estrelas)

O texto do Panoptic é o que nos pareceu mais veemente quanto aos elogios à apresentação da colombiana. Brooklyn Jones chegou a escrever, inclusive, que “queria ser a Shakira” após sair de seu concerto.

“Versátil nem começa a descrevê-la; ela dançou e cantou sem parar, alternando entre vários instrumentos diferentes, e com um total de seis mudanças de roupa durante a noite. Eu estava pessoalmente exausta só de gritar e dançar junto, então não consigo imaginar como ela se sentia”, escreveu.

Ela descreve o repertório, tece elogios aos efeitos visuais, iluminação , à interação com o público e finaliza comentando como foi bonito de ver crianças na arena cantando e dançando junto ao som dos hits da artista: “Uma das partes mais surpreendentes foi o número de crianças lá, agitando bandeiras colombianas e dançando junto, apesar de ser uma noite de segunda-feira”.

(Confira a resenha original na íntegra aqui)

Para conferir a resenha do SBR sobre o show de Londres, clique aqui.

 

 

 

 

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