“Nunca fomos um casal tradicional”: Shakira fala de sua relação com Piqué ao Clarín

Prestes a lançar seu show filme da El Dorado World Tour nos cinemas de mais de 60 países ao redor do mundo, Shakira falou com o periódico argentino “Clarín” e contou detalhes sobre sua carreira, vida em família e intimidades sobre sua relação com Piqué.

Dentre os temas abordados a cantora surpreendeu ao revelar o óbvio: ela e seu companheiro, Gerard Piqué, nunca foram um casal tradicional. Algo que para quem é fã e acompanha sua carreira não é nenhuma novidade, pois além de não serem casados oficialmente, o casal se conheceu antes da colombiana terminar seu relacionamento com seu ex noivo Antonio de la Rúa.

Nunca fomos um casal tradicional” – revelou Shakira ao ser questionada sobre sua relação com o Gerard Piqué.

A artista também destacou as dificuldades em ser uma mulher na indústria musical e falou sobre o processo de criação de seus perfumes. Confira a matéria completa traduzida com exclusividade pelo SBR:

Há um ano, a cantora de relevância internacional mais importante da história da Colômbia –adivinharam: Shakira– pendurou em seu canal do YouTube um momento chave em sua carreira. Afo Verde, diretor geral da Sony Music Latin Iberia, a entregava um prêmio pelas 6 bilhões de reproduções de seu disco El Dorado (2017), e explicando que era “a nova maneira de medir música” (ele), e ela: “é maior número que ja vi em minha vida” (será uma pista sobre sua fortuna?). Essa idéia de “um mundo” a escuta do se ratifica as 341.353.304 visualizações de seu último clipe, Clandestino, em dueto com o latin lover do momento, Maluma. A título de comparação: Madonna recorreu ao mesmo sex symbol e só conseguiu 37.805.784 visualizações com o hit Medellín. E falamos de Madonna, nada menos…

Este ano completaram 29 anos da consagração global de Shakira Isabel Mebarak Ripoll mediante a gravação de seu MTV Unplugged em Nova Iorque. Por esse álbum, não apenas ganhou os dois Grammys Latinos, tambem levou um Grammy americano: a garota de Barranquilla havia ampliado seu público. O mundo estava focado nesses quadris.

Desde sua casa de Barcelona, onde vive com o jogador de futebol Gerard Piqué, ela responde a Viva porque seu par de cadeiras continua sem mentir, como ela dizia em sua música Hips Don’t Lie: “no melhor dos casos, meus quadris dizem que uma canção será um hit! Mas a verdade é que a dança seria o barômetro que eu uso para ver se alguma coisa funciona musicalmente ou não”, assegura. E quando recorda aquelas suas origens a 20 anos do Unplugged, não pode mais que demonstrar sua tenecidade.

Quadris intactos. Shakira disse que estreia quando pode e como pode.

“O principal obstáculos que consegui enfrentar em minha carreira foi ser mulher nesta indústria: no momento que comecei, fazendo o gênero de música que eu fazia e na América Latina. Acredito que nem tenho que dizer: no entanto não estava tão democratizada a publicidade, você não tinha uma plataforma para ir compartilhando sua música via internet e que chegava a vários países de uma vez… Tive que pegar a mochila e ir tocando de porta em porta, e por cada uma que me abriram, dez outras fecharam na minha cara. Você tem que ter muita perseverança nesta indústria, alem de inclusive ter talento, e sobretudo, muita espera”, disse a cantora.

De seu começo até hoje houveram grandes mudanças tecnológicas e de mercado. Como é possível fazer música pop na era do autotune, que “photoshopea” as vozes, até a de boas cantoras como você?

É inevitável que os sons vão evoluindo e mudando. E cada etapa musical se aprecia por suas qualidades únicas que refletem o tempo em que se criaram. Eu estou experimentando com sons distintos desde que comecei. É verdade que agora, talvez, haja mais acessibilidade a mais tipos de sons, mas acredito que também democratizou muito a música, o qual para mim é positivo.

Recentemente você participou como jurada em duas edições do concurso de televisão The Voice. O que te comove em alguém que tenta iniciar uma carreira musical?

Eu diria que quando vejo uma determinação e uma vontade que ninguém pode negar, e a esperança, a confiança de saber que foram feitos para isso, ainda que ninguém mais acreditasse: isso é o que me comove de um talento novo.

Mas 2019 não será lembrado como o ano mais musical da cantora. O ano passado sim foi um dos mais intensos de sua carreira. Após encerrar a El Dorado World Tour dia 03 de novembro em sua Colômbia natal, onde soltou umas lágrimas (vale lembrar que a turnê quase não foi feita por causa de um problema em suas cordas vocais), lançou Clandestino e foram feitas duas promessas para os meses seguintes: a edição de um DVD com o melhor da turnê e uma segunda parte do album de 2017 (título ainda em desenvolvimento: El Dora2).

E enquanto isso, uma vida. Com 42 anos, Shakira gosta de se esquivar dos assuntos judiciais. Um, com Carlos Vices (foi absolvida perante um processo por suposto plagio do sucesso La Bicicleta) e outro, sozinha, por questões fiscais na Espanha. Ao mesmo tempo circularam rumores sobre sua separação do zagueiro do Barça, com quem tem dois filhos (Milan e Sasha). Perguntada por sua dinâmica familiar, a cantora disse que ela e seu marido cuidan e educam os filhos juntos.

“Nunca fomos um casal tradicional –define–. Não que tenhamos um acordo escrito no qual nos dividimos nas tarefas, mas os dois somos pais muito envolvidos e nos vemos conduzindo como podemos, nos apoiando mutuamente e também muito em nossas famílias. Não sabemos outra maneira de fazer isso. As vezes é difícil quando um dos dois não pode ver os meninos por um mês ou mais. É difícil, mas fazemos muitas ligações por Facetime; assim estamos em constante comunicação, e isso ajuda”.

Um dos acontecimentos de 2019 em sua carreira é o lançamento de um novo perfume com sua marca homônima (já são mais de 30): Sweet Dream.

“O olfato para mim é visceral: um odor familiar que associo com uma certa lembrança que pode me transportar imediatamente. Não apenas isso, é emocional: um odor pode trazer emoções muito complexas vinculadas as memórias que provocam”, explica.

Quanto voce está envolvida na criação de um perfume seu?

“Estou envolvida em cada etapa. Não sei outra forma de fazer as coisas. As vezes queria me envolver menos, mas eu não me controlo! Existem semelhanças entre o equilíbrio na harmonia musical e balancear todas as notas olfativas. Mudar um único elemento pode ter um efeito radical sobre o produto final”.

Quando questionada sobre a canção favorita de todo seu repertório, primeiro se defende (“É uma pergunta impossível! Cada canção tem seu lugar, seu momento”), logo reconhece um carinho especial por uma de Pies Descalzos (1995), Antología, que justamente se referia a seu nariz e ao amor: “Você desenvolveu meu sentido do olfato/ E foi por você que aprendi a gostar dos gatos”.

“Viver essa canção novamente na turnê, através dos meus fãs e sentí-la através de suas emoções, me comovia em cada show”, conta.

Sua carreira também tem uma faceta solidária: desde 1997 é diretora da fundação Pies Descalzos. Seu projeto atual é a construção de uma escola em Barranquilla. Lá nos anos ’90, quando sua música deu um grande salto, seu país de origem atravessava uma crise institucional. Por que voxe não se dedicou a política?

“Não, a política não me parece tão tentadora! Sinto que posso contribuir muito mais onde estou. Ru procuro trabalhar com o governo seja qual for, porque a educação é um assunto em que todos podemos concordar com sua importância para a paz, a estabilidade e a prosperidade”.

Vendo como cuida de seu corpo nas redes sociais, a gente se pergunta de que maneira se treina uma artista que além disso é empresária e solidária.

“Como? Se treina como pode e quando pode”.

Leia a entrevista original na íntegra, em espanhol, clicando aqui.

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