Shakira se apresentou no último sábado (11) na Capital One Arena, em Washington, como parte de sua turnê mundial “El Dorado”. A colombiana tocou na capital dos EUA em mais um show com casa cheia, coroando sua passagem pela América do Norte. O mais prestigiado jornal da cidade, o Washington Post, publicou uma crítica sobre o espetáculo oferecido pela colombiana. O periódico destacou a potência e o timbre vocal da cantora, ressaltando a total recuperação de Shakira, após o problema que a fez adiar o concerto em quase oito meses. Confira a tradução da crítica de Teta Alim, feita pela equipe do SBR.
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Shakira lança “El Dorado” com vocais reais e explosivos
Na tela brilhou uma foto em preto e branco de uma jovem garota com cabelos escuros e um sorriso vencedor. No palco estava a mega estrela Shakira, ainda com aquele mesmo sorriso, mas desta vez em cores vivas e movimentos dinâmicos.
A cantora de origem colombiana lembrou a multidão na Capital One Arena, no sábado à noite, que sua vida musical se estendeu por décadas a partir de quando ela começou como artista adolescente. Seu catálogo inclui sucessos em inglês e espanhol, cobrindo o rock inspirado nas pessoas, o pop com combustível eletrônico e o reggaeton de balançar os quadris.
O falecido escritor Gabriel García Márquez, um amigo da cantora, certa vez descreveu os vocais de Shakira como tendo “um alcance natural que irá sobreviver aos seus excessos”.
E depois de problemas de saúde com suas cordas vocais no ano passado, que atrasou sua turnê mundial de seu último álbum, “El Dorado”, a voz ressonante de Shakira se recuperou, seu vibrato característico brilhou entre o fogo de pirotecnia e confetes dourados.
A carreira musical de Shakira nem sempre foi dourada: depois de garantir um contrato com uma gravadora aos 13 anos, ela não alcançou sucesso comercial até o lançamento do espirituoso “Pies Descalzos”, que dominou o final dos anos 90 com a sensibilidade do rock lírico que trouxe comparações com a prolífica cantora e compositora Alanis Morissette.
Conhecida por ser habilmente poética em seu espanhol nativo, Shakira aprendeu inglês e entregou o álbum de 2001 “Laundry Service”, gerando sucessos como “Whenever, Wherever” e a lenta “Underneath Your Clothes”. Ela então solidificou seu status de diva internacional em 2006, com a confissão sobre seus quadris honestos.
Agora, aos 41 anos, Shakira continua a hipnotizar com giros fluidos e vocais que ressoam pela arena. Abrindo com uma mistura exuberante dos primeiros sucessos em língua espanhola “Estoy Aquí” e “Dónde Estás Corazón”, ela revelou seus vocais tenazes como a verdadeira âncora de seu poder de permanência.
Ela então jogou sua cabeleira de volta e mudou para músicas mais recentes, incluindo o sensacional hit “Chantaje”, que contou com a participação do cantor colombiano de reggaeton, Maluma, na gravação, e o adorado retrato pop “Amarillo”, para o qual ela pegou um violão para combinar seu efusivo sussurro.
Embora ela tenha salvado o mega hit “Hips Don’t Lie” como um encore, foi a performance menos memorável e, depois de 20 músicas, sua voz estava pronta para encerrar a noite.
Ainda assim, ao invés de serem distrações, as luzes brilhantes, os interlúdios de vídeo confusos, as mudanças de roupa e os fogos de artifício na sua performance serviram como um sublinhado para seu carisma magnético e vocais indeléveis, provando que qualquer que seja a língua, Shakira vai seduzir e inspirar.
Para ler o texto original em inglês, clique aqui.