Da Redação – O Earthshot Prize anunciou ontem (01) a busca pelos cinco vencedores da primeira edição dos prêmios que acontecerá no próximo ano. A iniciativa do Príncipe William e da sua fundação, a Royal Fundation, é incentivar a implementação de ideias sustentáveis de longo alcance que contribuam para a melhora do meio ambiente global na próxima década. Cinco projetos vencedores receberão o aporte de 1 milhão de libras para a sua implementação, divulgação e replicação em massa. Shakira é uma das personalidades globais encarregadas de escolher os projetos vencedores, que serão anunciados em uma cerimônia de premiação em Londres, em 2021.
Para ajudar Shakira e o time de conselheiros, formado por grandes personalidades e pelo Príncipe William, a escolher os vencedores, técnicos de diversas áreas vão dar suporte, oferecendo um parecer em relação aos projetos elegíveis ao prêmio.
Na busca por esses projetos, o prêmio se associou a diversas organizações espalhadas pelos sete continentes que vão ter a missão de indicar os autores de soluções inovadoras na área de preservação ambiental em seus respectivos países. Os indicados passarão por um processo de avaliação por uma consultoria independente e os projetos elegidos serão encaminhados para o conselho, que então escolherá os cinco vencedores.
No Brasil, duas instituições foram selecionadas para encontrar no país projetos que visem melhorar e garantir a preservação dos nossos ecossistemas. São elas: a Universidade de São Paulo (USP) e o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM).
Os dois institutos vão enviar nomes de indivíduos, comunidades, empresas e organizações cujas soluções ofereçam o maior progresso para alcançar cinco Earthshots definidos pelo Prêmio: 1) proteger e restaurar a natureza, 2) limpar nosso ar, 3) recuperar nossos oceanos, 4) construir um mundo livre de resíduos, 5) consertar nosso clima.
O objetivo dos Prêmios é implementar ideias criativas que ajudem a alcançar esses cinco objetivos, que são simples, mas ambiciosos ao longo da próxima década. Se alcançados até 2030, esses objetivos promoverão melhorias na vida de todos, nesta e nas próximas gerações. Todo ano, de 2021 a 2030, o Earthshot Prize vai escolher cinco projetos, um para cada Earthshot, que serão anunciados em uma cerimônia especial, que ocorrerá em diversas cidades do mundo. A primeira edição acontece em Londres, em data ainda a ser anunciada. Os indicados serão anunciados a partir de fevereiro.
Podem concorrer pessoas, comunidades, empresas, bancos, governos, cidades, países e organizações não governamentais.
Até 2030 serão pelo menos 50 milhões de libras investidos em projetos de sustentabilidade ambiental e 50 projetos inovadores implementados. Mas o objetivo do Earthshot Prize vai muito além de premiar realizações, sua missão envolve uma década de ação para reunir o mundo ambiental com financiadores, empresas e indivíduos para maximizar o impacto e levar soluções em escala, para celebrar as pessoas e os lugares que impulsionam a mudança; e inspirar pessoas em todo o mundo a trabalharem juntas para reparar o planeta.
Durante conversa em vídeo com o Príncipe William, em outubro, para divulgar o Prêmio, Shakira falou sobre o desafio de garantir a preservação do planeta na próxima década: “Creio que há determinação, força e inteligência para isso em nossa sociedade. Se chegamos até a lua, podemos fazer isso. Evoluímos muito nos últimos 100 anos e temos a tecnologia para solucionar problemas”.
Além de Shakira e do Príncipe William, o conselho do Earthshot Prize é formado pela Rainha Rania Al Abdullah (Jordânia), pela atriz Cate Blanchett (Austrália), pela ex secretária executiva da ONU Christiana Figueres (Costa Rica), pelo jogador de futebol Daniel Alves da Silva (Brasil), pelo apresentador Sir David Attemborough, pela ativista Hindou Oumarou Ibrahim (Chade), pela ex CEO e presidente da PepsiCo, Indra Nooyi (Índia), pelo empresário e membro consultivo do Fórum Econômico Mundial, Jack Ma (China), pela astronauta e engenheira aeroespacial, Naoko Yamazaki (Japão), pela economista Dra Ngozi Okonjo-Iweala (Nigéria), e pelo jogador de basquete Yao Ming (China).