“De Rainha do Pop a camaleão transcultural definitivo”: Rolling Stone se rende à Shakira em sua passagem por NY

Prestigiada revista norte-americana publica resenha sobre concerto de Shakira no Madison Square Garden e aclama sua performance e trajetória artística

A renomada revista musical Rolling Stone publicou, ontem (11), uma crítica a respeito do show da cantora colombiana Shakira em Nova York. A artista se apresentou na noite de sábado (10), no Madison Square Garden, para um público de cerca de 15 mil pessoas, segundo a imprensa. A jornalista Suzi Exposito esteve no concerto da colombiana e deixou registrado no site da Rolling Stone sua impressão sobre o espetáculo oferecido por Shakira. Confira o texto traduzido pela equipe do SBR.

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Shakira é mãe. Ela é uma amante. Ela é uma loba. E na noite de sexta-feira, no Madison Square Garden de Nova York, ela afirmou sua posição como uma deusa pop internacional.

Ao longo de quase três décadas, a rainha do pop reinante na Colômbia evoluiu para o camaleão transcultural definitivo. Ela terminou os anos 90 como a principal estrela do rock de seu país; abalou o mercado americano em 2001 com o seu álbum Laundry Service; tornou-se um nome familiar com sua série Oral Fixation; trabalhou como coach no The Voice, da NBC, e até se apresentou como uma gazela cantora no filme de animação de 2016, Zootopia. Seu álbum vencedor do Grammy, El Dorado, de 2017, a vê flertando com sons mais urbanos, criando hits pegajosos na Hot 100, com reggaeton, bachata e trap latino ao lado de nomes como Carlos Vives, Maluma, Nicky Jam e Prince Royce.

No entanto, depois de ter sofrido uma hemorragia nas cordas vocais em novembro do ano passado, Shakira não teve escolha a não ser adiar sua turnê mundial El Dorado por vários meses. A diva emergiu novamente neste verão, dando início a uma temporada de 55 atos na Europa e Oriente Médio – com um pit stop em sua cidade natal, Barranquilla, Colômbia – antes de finalmente tocar em Chicago para sua primeira turnê nos Estados Unidos em sete anos. Fãs de todas as idades e estilos apareceram para a sua grandiosa exibição em Nova York: alguns acenando com bandeiras colombianas, outros adornados com glitter e correntes na barriga, vestindo suas próprias imagens na aparência mais icônica de Shakira. Aqui estão alguns dos destaques de seu show no Madison Square Garden:

A ‘volta ao mundo‘ de Shakira

Pode ser difícil de acreditar, mas a cantora tem agraciado essa terra há 41 anos e, nessa noite, ela tinha algo a oferecer a todos os cantos de seu fandom global e intergeracional. Abrindo com seu hit de sucesso, “Estoy Aquí”, de 1995, ela entrou na disco music de 2009, “She Wolf”, com o público respondendo com uivos de aprovação. Ela então seguiu seu caminho rumo ao Oriente, ostentando sua herança libanesa em roupas de dança do ventre para performar “Whenever, Wherever”, de 2001, e levando o público ao seu hino da Copa do Mundo da FIFA 2010, “Waka Waka (This Time for Africa). E a estrela pop também lembrou a multidão que ela atua como Embaixadora da Boa Vontade da UNICEF, rodando clipes do documentário de 2013 de On the Way to School, de Pascal Plisson, para destacar os bloqueios (literais) que as crianças de zonas rurais enfrentam na educação.

Dançando por conta própria

Não há dançarinos de apoio? Sem problemas! Shakira tem quadris suficientes para levar uma trupe de dança inteira e mais um pouco. O espetáculo chegou ao auge quando ela apareceu em um vestido de estampa de felino rosa-quente, ondulando pela passarela para cantar “Hips Don’t Lie”. Quem precisa de dançarinos quando ela pode multiplicar a si mesma por dez no telão?

Shaki bate os tambores

Os anos 90 olham com carinho para o lado roqueiro de Shaki: Depois de uma corrida sem sucesso como uma princesa pop teen, Shakira floresceu como uma profetisa pop rock, primeiro com Pies Descalzos, de 1995, e novamente com Dónde Están los Ladrones, de 1998. Ambos os registros coroaram-na como uma anomalia durante o boom do rock pesado em finais dos anos 90 – e ainda é assim, vinte anos depois. Shakira pegou sua guitarra elétrica e brindou seus fãs obstinados com uma versão incendiária de “Inevitable”, fechando com um confronto vulcânico de guitar-on-bass com o colega de banda Joe Ayoub. Mais tarde, ela discou com sua nova balada acústica: “Amarillo”; mas quando a multidão se acalmou, Shaki abandonou o frio reggae de sua colaboração com Rihanna, “Don’t Remember To Forget You”, indo em direção à bateria para bater em um solo de alta voltagem.

Rápido – segure meu acordeão ”

Substituindo os vocais de Alejandro Sanz, o tecladista Albert Menendez se juntou à Shakira na passarela em “La Tortura”, seguindo seus quadris com trinados do seu acordeão – que ele passou para um membro da equipe, em troca de um cajón, percussão tipo caixa do Caribe. Ela acenou para o resto de seus colegas de banda se juntar a ela no final da pista, onde eles se encontraram para uma versão de “Antologia”. Enquanto Shakira passeava pelos bastidores para uma troca de roupa, a violinista Caitlin Evanson presenteou a multidão com belos interlúdios de violino e carisma de supermodelo. Vestindo um vestido de ouro, Shakira ignorou completamente sua passarela e atravessou o mar de fãs, uma verdadeira estrela pop do povo.

Mais fogo!!!!

Com toda a seriedade, ninguém viveu verdadeiramente até ver La Shaki girando para “Perro Fiel” entre um arsenal de chamas pirotécnicas. Vida longa a “La Shaki”.

Você pode ler o texto original em inglês, clicando aqui.

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